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Aquela resenha sobre a Cardfight!! Vanguard will+Dress Season 2

Mantendo a tradição, vamos falar sobre a temporada mais recente de Cardfight!! Vanguard

Depois de um longo tempo sem falar de Vanguard em forma textual, finalmente, retomarei as origens – mas, ainda assim, teremos um episódio em Podcast -; então creio que não preciso me alongar demais e focar em explicar que: 1º será uma resenha bem solta, 2º não teremos (tantos) spoilers, 3º, e não menos importante, vou acabar fazendo puxadinho das temporadas anteriores.

Antes de seguirmos só quero dizer que, caso queira se inteirar sobre toda saga D, tenho um podcast para cada temporada e um vídeo, da época da primeira temporada e vocês podem conferir clicando aqui, aqui e aqui.

Agora, seguindo o barco posso começar dando o devido foco no fato de, enfim, termos um progresso digno de nota no plot. Foram três temporadas trabalhando o amadurecimento de alguns personagens, criando bons ganchos narrativos e, nesta temporada, finalmente nos provaram que as coisas estão com um rumo bem embasado.

Utilizaram as temporadas para entregar o que temos atualmente e, sendo bem honesto, foi uma boa construção de universo e personagens; em especial quando percebemos que há um real cuidado com tudo que está sendo proposto – há um cuidado maior com o desenvolvimento de personagens o que, em contrapartida, gera menos momentos grandiosos envolvendo cardgame (o que, no geral, relega o cardgame para segundo plano e, comercialmente falando, não é o ideal... mas acontece).

É necessário deixar claro que, apesar de não ser tão presente quanto nas demais séries da franquia, o cardgame tem um peso certeiro dentro da narrativa e possui um trabalho bem eficiente durante a trama - valendo, inclusive, deixar citado que as cenas que focam no confronto entre as criaturas do jogo são muito bem executada e entregam algo que realmente empolga seu espectador, pois há um carinho da produção para que esses momentos sejam agradáveis aos fãs de longa data.

Porém, retomando ao foco principal: nesta temporada temos episódios que são focados em explicar melhor os objetivos do Jinki, além de mostrar o quanto o Yuyu realmente amadureceu como líder - de quebra, temos alguns momentos da blackout bem legal, em especial no que se referem a Megumi, Zakusa, Urara e Tomari - o que é um grande progresso, porque esperamos bastante para ele assumir o manto de líder da Blackout e quando ele assume era esperado ver ele maduro o suficiente para entregar muito dele.

Sem contar que, toda road tour dele, Tohya, Danji e Raika pelos Estados Unidos é bem legal e permeia episódios que enganam bem, muito disso porque ficamos achando que será mais do mesmo e, quando menos esperamos, tomamos uma reviravolta bem interessante da trama com um enfoque maior nas motivações dos vilões, que gera um cliffhanger bem legal para a próxima temporada.

Por falar nos vilões, preciso dizer que o Jinki é um personagem que eu não esperava muito e, nesta temporada, entregou tudo e mais um pouco. Ele sabe onde quer chegar, cria toda uma estrutura para isso e entrega um show a parte nos seus poucos duelo; é o tipo de personagem dissimulado que esconde suas intenções até o último minuto e, honestamente, é excelente isso.

Todo conceito criado dos Uniformers, assim como toda construção que se dá ao método utilizado por eles cria um ambiente que realmente dita o tom que a temporada carregará em sua segunda metade, mudando aquele tom de duelo bobo da semana; inclusive, é nessa segunda metade da temporada que temos alguns duelos extremamente bons, que conseguiram me prender com vontade na tela, em especial o duelo do Danji com o Michiru (e do Yuyu com a Urara, porque, meus amigos, era cada surto!).

Mas, nem tudo são flores e, da mesma forma que as temporadas anteriores, vejo um problema grande na forma como o roteiro opta por conduzir a narrativa. Não me entendam errado, o ritmo é funcional e acerta mais que erra, porém essa parada de ser episódico em metade da história para só depois de metade da temporada dizer a que veio cansa um pouco, em especial quando é a QUARTA VEZ que está sendo feito.

Nas duas primeiras temporadas foi ok, mas aqui já é manjado e meio batido essa fórmula. Fica minha expectativa para que nas próximas temporadas deixem as coisas mais lineares, em especial porque agora não têm mais porquê manterem dentro desse padrão, uma vez que já temos o tabuleiro devidamente estabelecido e personagens prontos para enfrentarem o perigo eminente.

Apesar do ponto negativo que apontei, posso dizer que essa temporada conseguiu ser melhor que a anterior, de um modo geral. Sendo até mais amplo, acredito que essa temporada é a melhor até aqui e, de quebra, consegue ser um ponto de partida para temporadas mais bem estruturadas e bem mais focadas em explorar toda questão da IA do irmão do Jinki, além das novas units do jogo - que são bem interessantes e, em nada, devem ao Link Joker da série clássica. 

Aqui foi onde melhor exploraram as qualidades que Cardfight!! Vanguard tem, que é sua maluquice despretensiosa e, a partir deste ponto, o campo está livre para que tenhamos mais disso, basta a equipe de roteiro saber como conduzir a trama e tudo será muito lindo e maravilhoso. O caminho, até aqui, foi mais assertivo que errôneo, mas ainda temos 5 temporadas pela frente, é ver se o saldo seguirá assim, ou se vão zoar o barraco.

Dá minha parte, posso apenas dizer que o caminho parece bem promissor e tem tudo para dar certo, basta manter na mesma pegada que terminou essa 4ª temporada.

Tópico que não consegui encaixar no texto e fica neste final: Apenas quero levantar um ponto que as inserts songs da série são muito boas, em especial a do Raika. São músicas que combinam com os personagens e entregam muito ao clima geral da obra.

Caso queira conferir, foi disponibilizado um álbum com todas as músicas utilizadas nas 4 temporadas, só clicar aqui e ouvir.

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