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O resgate do passado (ou parte dele)

Mais um texto sobre a vida e tudo mais...

Eu tenho duas dificuldades primordiais na minha pacata vidinha: não sei iniciar textos & não sei me expressar corretamente (Okay, talvez eu tenha alguns problemas de comunicação também, mas deixemos isso para outro foco). Por este motivo, sempre luto muito para conseguir iniciar qualquer texto/redação/resenha/apresentação/qualquer produção que você acredite que caiba aqui.

Por isso, é difícil começar um texto onde, em resumo, quero fazer uma pequena ode ao meu início do blog e aproveitar para falar sobre todo meu trabalho para resgatar resenhas que amo para um caralho e não quero que se percam no limbo – porque, sério, tem uns textos que refletem demais meu estado de espírito (assim como, de certo modo, esse aqui refletirá também, porque, pasmem, estou em período de transição para compreender meus sentimentos e a mim mesmo). 

Acredito que a parte mais difícil sempre foi o começo, porque é o primeiro passo. É onde fico mais inseguro, mais incerto se conseguirei avançar; geralmente é onde costumo me esconder e dizer que “vamos pela empolgação, pelo carinho”, mas no fundo estou mais receoso que tudo, afinal... sou meio inseguro com as minhas próprias produções.

Porém, é engraçado quando penso que, mesmo inseguro, trilhei um caminho gigantesco que, por n fatores, não alardeio por aí ou faço uso para diversas coisas – nem quando preciso dar carteirada que “ei, eu sei o caminho das pedras para várias coisas”; é algo que carrego como um pequeno fragmento da minha história que, neste momento, está tendo uma virada em tanto.

Começar um projeto do zero não é fácil, em especial quando você não quer depender de ninguém. É um primeiro passo que deixa tudo ainda pior e dá um medo dobrado, porque você sabe, lá no fundo, que vai ser momentos de preocupação se algo que você fez com todo amor e carinho vai flopar, se você não deveria mudar a rota e escolher algo que seja mais “comercial” para agradar e gerar views.

Em suma, é um saco. E eu, do fundo do coração, detesto isso.

Na época que voltei com o site do Dollars, isso lá em 2016, eu estava em período da vida onde tava tudo de cabeça para baixo; tinha acabado de sair de um relacionamento, estava desempregado, desiludido e não sabia como lidar com tudo isso. Estava foda... e eu precisava de uma forma para extravasar, de pôr as ideias para fora e ocupar a cabeça.

Com isso, consegui fazer de um site minúsculo, algo que foi notado. Sim, foi foda! Foi divertido e, caralho, me gerou o Comentando no QG; que é meu projeto mais doido/minha cara possível. Foram os passos com o Dollars que me permitiriam conhecer uma galera que amo de paixão, que me fez ver até onde posso ir se, de fato, eu quiser. 

Lá, de certa forma, foi minha terapia. Foi onde eu acabei indo para não surtar e, por um longo tempo, descansei and criei raízes.

Contudo, o tempo passou e, juntamente com ele, as coisas mudaram – algumas para melhor, outras para pior -, porém segui querendo me entender e me desafiar... até chegar a um ponto onde, por não ter cuidado de mim direito, eu quebrei.

É foda pensar que 2020 foi o ano que as coisas mais mudaram, no bom e no mal sentido; porque foi o ano onde consegui fazer mais coisas e acumular leituras; além de deixar de ser menos lerdo, porém... foi o ano da pandemia. Com isso, ganhei bloqueio de leitura, bloqueios criativos e, nessa brincadeira, abandonei tudo que eu gostava de fazer e, por vários momentos, me sentia mal e triste. É a primeira vez que comento isso, mas acredito que esse texto autoral gigantesco cabe para falar disso, afinal... background (!).

O ano de 2021 veio algumas porradas mais forte, justamente quando pensei que as coisas poderiam se ajeitar (no mesmo ano que perdi outro emprego, perdi meu pai também e, passei um ano inteiro tentando lidar com o luto, porque, detesto admitir, mas não soube como lidar com isso e precisei aprender). Uma coisa que vale mencionar, como conquista, é que nesta época foi onde mais consegui disseminar o Comentando e vi ele crescendo aos poucos.

Foi um período legal, que me ajudou a me entender como produtor de conteúdo e achar minha cara nos meus projetos – Porque, como bem diz minha amiga Fany: “meus trabalhos precisam transparecer mais eu”. Nessa brincadeira, passei um longo período sem publicar nada, sempre em tentativas de voltar, de me reinventar e, nessas tentativas, até ensaiei outros blogs ou possíveis retornos do site do Dollars; mas... sou teimoso, um idiota teimoso.

Levou um ano e meio para eu retornar com o Podcast e, pasmem, levou três anos para, efetivamente voltar com um blog onde ponho todo meu coraçãozinho – Sim, demorou, mas voltei; reiniciando tudo? Sim, mas voltei e isso que importa. 

E para este retorno decidi trazer minha bagagem comigo, porque são anos e anos escrevendo e, honestamente, muitos desses textos ainda permanecem atuais. Por este motivo, quero deixar enfatizado que quase tudo que fiz desde 2016 será republicado neste blog (para alegria de quem curtia os meus textos).

Claro que existem textos que precisarão ser refeitos do zero – porque não sinto confortável com aquela versão antiga -, porém a grande maioria estará de volta (é preciso dizer que, há alguns que serão até mais antigos, por terem sido conteúdos que se arrastaram para caramba até a conclusão – Aoi Bunganku, mandou lembranças).

Também há uma questão importante a tratar, porque pincelei ela durante todos os momentos deste texto e, fala sério, não entregar um update seria ruim – além de deixar este texto completamente “triste”.

Afinal, como estou atualmente, tendo em vista que sempre fui um maluco que sacrificou todas as energias em trabalho? Honestamente, me cuidando mais e pondo minha casinha em ordem, de um modo mais amplo; com isso vem aliado a um senso de cuidado maior comigo mesmo, de sempre evitar me exceder demais e respeitar meus momentos.

Como costumo dizer: O caminho é longo, mas vamos em frente. É uma jornada necessária e que, neste momento, tem tudo para trazer novidades que são um respiro e, talvez, eu precise deste respiro. Talvez eu precise içar velas e conhecer este imenso mar inexplorado.

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