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Resenha – Cardfight!! Vanguard: Asian Circuit-hen

Segunda temporada consegue construir uma trama interessante e nos apresentar novos clãs e personagens que mais agregam ao enredo

Depois de uma longa espera, enfim volto com o review da segunda temporada de Vanguard. Admito que foi uma demora bem injusta, em especial quando pensamos que a série possuí menos episódios, porém foi válido – até por ter uma série de coisas que fui aprendendo nesse meio tempo sobre o jogo, em si -; enfim, vamos falar sobre essa segunda season, porque temos bastante coisa para comentar –ou não né, mas prossigamos -.

Cardfight!! Vanguard Asian Circuit-hen começou a ser exibido em 8 de abril de 2012 – cerca de uma semana após o final da 1ª season – e contou com 39 episódios (ou do 66 ao 104, na contagem geral), durando até 2 de janeiro do ano seguinte. A produção seguiu com o mesmo staff e com a mão da TMS na animação, logo é importante salientar que não temos melhorias quanto a animação, porém a mesma segue cumprindo seu papel e, em momentos de duelos decisivos, consegue ser menos feia e simplória.

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Cabe mencionar que a partir dessa season a obra migrou dos sábados para os domingos de manhã; além disso nessa temporada somos apresentados a três novos clãs – que ganharam seus trial decks para os jogadores gastarem seus dinheiros – e suas mecânicas. Os clãs novos são, respectivamente: “Gold Paladin”, “Narukami” e “Aqua Force” (no TCG da série esses clãs são, respectivamente, os trial decks “VG-TD05: Slash of Silver Wolf”, “VG-TD06: Resonance of Thunder Dragon” e “VG-TD07: Descendants of the Marine Emperor”).
Passado um pouco da parte técnica – que foi bem resumida – vamos falar sobre a história e seu desenvolvimento, pois, admito, essa temporada me lembrou MUITO o começo de Yu-Gi-Oh! ZeXal no quesito desenvolvimento; ou seja, é algo bem lento e, mesmo sendo interessante, cansa e te faz até cogitar pular o arco, mas quando você chega ao clímax do arco, você passa a entender o porquê não vale a pena pular e nem desanimar – mas calma que vou explicar melhor -.
Digamos que essa temporada conseguiu me surpreender, pois conseguiu amarrar bem no contexto que, até então, parecia bem fechado e amarrado; isso sem contar que soube brincar até com um easter egg lá no começo. Porém o maior trunfo do começo é nos reintroduzir na história e ainda explicar as regras praqueles que não as conhece – é bem gostoso ver o Aichi ensinando o Takuto no começo -. Fora tudo isso, o conceito do torneio pela Ásia foi bem encaixado, em especial quando vemos que isso ajudou a ampliar a gama de personagens e ajudou o roteiro a fluir melhor, sem que parecesse forçado.
Contudo, é justamente o torneio que é o maior problema, pois ele é quem acaba tornando o roteiro meio maçante, justamente pela sequência de acontecimentos que ele nos dá em diversos momentos – em especial na primeira metade da série -; mas mesmo nesse “loop” de torneios temos algumas coisas legais como, por exemplo, o Daigo (cantor) fazendo uma ponta na série com direito a deck próprio – que foi lançado, apenas no Japão, para o TCG -.
Além disso também é interessante mencionar que o roteiro também nos apresenta a nova habilidade do jogo que é o Limit Break, que é bem interessante dentro de toda mecânica; mais do que isso, ajudou muito na tensão que o roteiro precisava passar durante os duelos.
Indo além, devo dizer que os duelos ainda são os maiores atrativos da série, porém o foco do plot nesse arco ajuda, muito, em todo ritmo e charme que a série carrega, em especial quando se tem em mente o que virá a seguir, pois é aqui que tudo começa a se conectar e criar uma trama que te prende dobrado. Ela consegue trazer todos os atrativos do auge da primeira temporada com um vigor renovado, o que acaba criando todo um interesse em seguir adiante e ver o que virá a seguir.

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Podemos dizer que, fora os novos clãs, ainda temos novos personagens que são bem aproveitados e, de certa forma, bem inseridos dentro da série, nos fazendo entender seus porquês. Mesmo que não sejam tão aproveitados assim nesse início, eles conseguem fazer sua entrada na série de uma maneira bem positiva e que nos deixa com uma margem imensa de possibilidades para o futuro.
No fim das contas, dá para dizer – em resumo – que esse segundo arco mantém o que é positivo na série, porém se preocupa em abrir um espaço maior para quem ainda não conhece (o que é bom, em especial quando sabemos que nem todo mundo começa a acompanhar algo do primeiro arco); cabe citar que, sim, esse final também é conciso e fechado, logo, mesmo com brechas para continuação é uma história com começo, meio e fim que consegue seguir agradando quem já conhece a obra.

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