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Resenha - Cardfight!! Vanguard: Link Joker-hen

Terceira temporada do animê prova que o hype é real e entrega um arco que realmente empolga desde o começo

Primeiramente, quero deixar já esclarecido que, sim, eu tinha aquele que é o maior mal para qualquer obra audiovisual que acompanhamos; o chamado hype e, muito disso se devia a eu já ter fuçado algumas aberturas desse arco no Youtube enquanto assistia Asian Circuit-hen.

Mas voltemos ao foco do review de hoje, pois enfim falarei sobre o terceiro arco de Vanguard, hoje falarei sobre aquele que, para mim, é o arco que tem mais acertos da franquia e criou o clã que, para mim, é um dos com o estilo mais interessante (apesar de ferrar sua vida no jogo). Então, sem muita enrolação, vamos ao texto sobre Cardfight!! Vanguard: Link Joker-hen.

Considerações gerais:

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Cardfight!! Vanguard Link Joker-hen é a terceira temporada do animê de mesmo nome e contou com um total de 59 episódios (ou do 105 ao 163 na contagem geral) que foram exibidos entre janeiro de 2013 até março de 2014. Vale mencionar que o animê seguiu no estúdio TMS e o animê foi exibido na TV Tokyo e suas afiliadas aos sábados pela manhã.
Cabe citar também que nessa temporada tivemos a introdução de um clã e de algumas novas habilidades como, por exemplo, o Break Ride, o Lock e o Ultimate Break. Já no caso decks, nessa época foram lançados, um total de, quatro trial decks: VG-TD08: Liberator of the Sanctuary (Gold Paladin "Liberators"), VG-TD09: Eradicator of the Empire (Narukami "Eradicators"), VG-TD10: Purgatory Revenger (Shadow Paladin "Revengers") e VG-TD11: Star-vader Invasion (Link Joker "Star-vaders"); sem contar os booster packs.
Bem, depois dessa pequena introdução técnica e mais voltada a comentar sobre produtos da série, vamos comentar sobre o animê e seu desenvolvimento; mais precisamente, vamos comentar o porquê do hype ser real.
Começando pelo ponto que, dessa vez, o roteiro conseguiu criar algo que nos deixasse interessado desde o começo; ok que, novamente, tem um jogo para explicar como funciona o cardgame, mas aqui desde o primeiro momento tudo tem uma consistência maior do que nas outras temporadas. É como se, enfim, o roteirista estivesse seguro sobre o caminho a seguir para gerar uma introdução divertida e sem muita enrolação; sem contar que todo primeiro arco dessa temporada não é maçante e arrastado, gerando, assim, uma boa exploração inicial de seu plot e se valendo do maior atrativo da série, que é o TCG.
Outro adendo aqui se refere a questão de passagem do tempo, pois, segundo é dito em um dos episódios finais, já se passaram cerca de dois anos na série. Podemos dizer que, de modo geral, não sentimos o time skip da forma direta, contudo indiretamente ele está lá e funciona de forma eficiente com o público espectador. Porque é devido a essa passagem de tempo indireta que conseguimos ver que cada um está em um constante processo de evolução a sua maneira. 
Mas, o ponto mais alto desse arco, sem dúvida alguma, foi a inclusão do Link Joker. Quer seja como clã ou como entidade vilanesca, podemos dizer que esse é o nome de rouba a cena e nos entrega uma ameaça bem planejada, pois sabemos, desde a primeira temporada, que há uma energia maligna, autointitulada Void, que deseja destruir Cray. Contudo, vê-la ganhar um nome e, mais do que isso, um teor de real ameaça para a terra ajuda a empolgar e gera aquele senso de "vai dar merda". O legal é como essa temporada também nos mostra que o poder pode derrubar até o mais racional dos homens, já que, nesse arco, temos como paciente zero o Kai, que não se deixa dominar pela entidade, mas se vende à ela em busca de poder por acreditar que foi ultrapassado por seus rivais.

Imagem relacionada

De uma forma bem geral, tudo funciona dentro dos eixos propostos e podemos dividir o roteiro (para simplificar toda explicação da minha mente) em três pontos distintos que são: Novos personagens e desenvolvimento do cenário escolar, aparição do Link Joker e resolução de todo arco. Isso para simplificar de um modo além do simplista, porque toda narrativa tem um ponto que gera certo twist no enredo para que ele apresente novidades. A começar pelo primeiro arco que é quando conhecemos os novos personagens - Naoki Ishida e Shingo Kumoi -; ambos são personagens que conseguem ter bons momentos em tela e, de quebra, conseguem uma boa evolução ao longo da temporada, em especial o Ishida que vira um dos personagens de maior destaque nesse arco.
O segundo, por sua vez, foca muito em apresentar todo conceito do que é, afinal de contas, o clã Link Joker - que, mais do que isso, possuí uma explicação excelente feita pelo Takuto no episódio 23 (ele está possuído pelo void, mas na explicação está a essência do quão maligno é aquele clã). Todo ponto do Link Joker se concentra em outro detalhe que é o "Reverse" e os duelistas revertidos; ambos andam lado a lado e, basicamente, são escravos da escuridão gerada através de uma derrota e, como é possível pensar, isso cria uma excelente narrativa ao longo do arco e nos entrega personagens com trejeitos diferente do padrão.
Mas creio que, mesmo com dois pontos interessantes e que conseguem construir um ritmo de excelência, é no último arco que essa temporada mostra para o que veio, nos entregando uma história que se compromete com sua narrativa e cria um real senso de perigo. É aqui onde começamos a encaixar as peças e vemos o quanto conseguiram ir além aqui; em especial no momento que você descobre que o final boss possuí uma skill que é invencível a primeira vista. Vale mencionar que os dois últimos duelos são, em suma, bem definidos e que conseguem transmitir a emoção necessária para o que virá a seguir. 
Por falar no a seguir... dá para dizer que o último episódio entrega um spoiler da temporada seguinte, mas é algo bem discreto que não joga na sua cara o que acontecerá, mas se você prestar atenção verá que uma coisa simples, mas que faz parte de todo universo da série, mudou.
Agora mencionando rapidamente a trilha sonora, posso dizer que segue a mesma das temporadas anteriores e consegue manter o clima que deseja passar nos momentos certos; mas em questão da animação, podemos dizer que ela oscila bastante, mas nada que estrague a diversão

Considerações Finais:

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Essa imagem é um resumo de quem é afetado (chupinhei do Wikia da série)

Aqui é o ponto onde apenas atesto que gostei e digo que, sim, todos deveriam assistir a obra, mais do que isso, já deveriam ter, inclusive, iniciado a primeira temporada do clássico; porém hoje farei diferente e irei me contradizer. Assista essa temporada apenas se você não tencionar assistir o remake. 
Não me entenda mal, essa temporada correspondeu minhas expectativas e alinhou novas para o que vem a seguir (eu já estou, inclusive, assistindo o Legion Mate-hen enquanto redijo esse review [coisa que está ocorrendo um dia após eu terminar o Link Joker]); mas ainda assim o remake irá readaptar alguns pontos, então se você pretende assistir o remake fique por lá e curta do começo; agora se você quer ter uma experiência dupla. Só venha na fé.
No mais, dá para dizer que a temporada trouxe uma luz de progresso para a série que tende a crescer com as próximas e, para mim, isso é deveras interessante e ajuda a manter o interesse vivo para acompanhar as outras sagas que ainda faltam.

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