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Resenha – Cardfight!! Vanguard: Legion Mate-Hen

A maior prova de companheirismo e amizade é lutar para que a outra pessoa não se perca em si mesma

Depois de um longo inverno, eis que, finalmente, retorno a programação normal e trago uma nova Resenha de Vanguard. Sei que houve um espaçamento meio grande entre este texto e o anterior, porém adianto que o próximo review, que será sobre o filme, saíra antes do esperado. 

Mas apenas quero dizer, antes de irmos para o texto, que após a resenha do filme, encerraremos a primeira parte do Cardfight!! Vanguard clássico e rumaremos para a Saga G. Logo, fica meu agradecimento a você que acompanha os textos desde que iniciei, mas se você for marinheiro de primeira viagem não se acanhe, ao final deste review deixarei os links dos textos que vieram antes.
Agora, sem mais enrolação, vamos ao review.

Considerações Gerais:

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Cardfight!! Vanguard: Legion Mate-hen é a quarta temporada do animê de cartas da Bushiroad e conta com um total de 33 episódios (164 – 196 na contagem geral) que foram exibidos de Maio até Outubro de 2014. O animê seguiu sob os cuidados da TMS e a exibição seguiu pela TV Tokyo todos os sábados pela manhã.
Com relação ao cardgame, nesta temporada foi introduzida a mecânica do Legion e, como já é possível imaginar, a Bushiroad liberou novos trial decks. Os decks liberados nesta leva foram: VG-TD 12: Dimensional Brave Kaiser (Dimension Police)VG-TD 13: Successor of the Sacred Regalia (Gênesis)VG-TD 14: Seeker of Hope (Royal Paladin)VG-TD 15: Brawler of Friendship (Narukami)VG-TD 16: Divine Judgment of the Bluish Flames (Gold Paladin) e VG-TD 17: Will of the Locked Dragon (Link Joker). Vale mencionar que, dos decks que sairam nesse período, somente os VG-TD 12 e 13 não possuem cartas Legion em seus trials, já os outros são essencialmente voltados para a mecânica de companheirismo.
Por falar em companheirismo creio que é válido já iniciar a pauta mencionando que este é o arco que mais faz uso desse mote e carrega essencialmente toda questão de crescer e criar vínculos. É um contraste interesse com relação ao arco anterior, que se focava muito mais nos mostrar o desespero eminente que a escuridão do Link Joker trás consigo.
Aqui também contamos com a mudança de protagonista e a forma como isso afeta toda narrativa é bem pensada e possuí toda uma estrutura coerente. Contudo dá para dizer que colocar o Kai como protagonista nos mostra que o roteirista tirou leite de pedra para conseguir encaixa-lo em uma equipe e lhe dar uma essência de líder; pois todos sabemos que mesmo sendo um personagem importante na trama ele sempre carregou a estigma de um lobo solitário, devido a isso, vê-lo a frente de uma equipe para salvar seu amigo nos causa surpresa em primeiro momento, porém se saí de uma forma efetiva e bem encaixada na trama.

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Além disso, podemos dizer que toda equipe que acompanha o Kai no arco é bem planejada, em especial o Ishida, que aqui ganha um destaque merecido e nos mostra que merece fez por merecer o título de companheiro e braço direito do Aichi no clube de Cardfight. Além disso, aqui também temos o conceito de Legion sendo introduzido na série. 
Sobre essa questão do Legion podemos dizer, de forma simples, que é uma habilidade que traz um companheiro para te dar um up nas forças. E esse mote de união e sempre salvar o companheiro é usada de uma forma que, no início, fluí bem, mas com o passar dos episódios fica repetitivo demais e acaba cansando aquele que assiste o animê. Além disso o conceito de amizade e salvamento do amigo sumido se sustenta até o momento em que vemos o pseudo antagonista do arco, pois mesmo havendo os adversários da vez (que não comprometem) não há real inimigo neste arco.
Sobre os rivais e principal oposição a nossa equipe principal - porque me recuso chamar aquele ser de vilão - dá para dizer que todos são muito interessantes e, até certo ponto, conseguem ter uma abordagem bem feita e com motivações reais para entrarem na equipe dos Quarte Knights. Contudo é importante mencionar que os quatro são personagens que acabam mais prejudicados no fim, pois não dá para chama-los de vilões e, após a resolução do primeiro problema apresentação, são facilmente descartados, ou seja, se eles não existissem a barriga da história seria menor.
Quanto ao plot twist que o enredo tenta passar, é preciso dizer que é bem preguiçoso e arrastado o suficiente para que toda revelação que é feita seja prejudicada pela forma como é feita. Afinal, não dá para dizer que é um plot de qualidade quando temos um ponto onde a história em nada progride e prejudica todo desenvolvimento futuro da franquia.
Com relação aos aspectos técnicos da obra, podemos dizer que segue o padrão das temporadas anteriores, mantendo até as inconstâncias em alguns momentos. Não é um demérito, porém é algo que posteriormente tende a melhorar (sendo que no filme a qualidade é incrível e salta aos olhos). 

Considerações Finais:

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Creio que ao chegar no final deste texto você, querido leitor, deve se perguntar se esse arco é tão ruim a ponto de só ter críticas ao longo do texto, certo? Pois então, minha resposta é que, apesar de todos os defeitos essa saga consegue entreter e divertir o suficiente para te fazer aturar os 33 episódios. Claro que poderia ser mais curto ou ter aproveitado melhor os personagens a disposição, porém foi feito o máximo possível.
Admito que essa temporada tinha um imenso potencial, mas foi utilizado de forma errônea e que fecha tudo com um tom neutro demais para um começo que tinha tudo para seguir surpreendendo. Porém, vale a pena conferir, mais por fechar o arco dos personagens que conhecemos até aqui e nos abrir as portas para o que vem a seguir.

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